Londrina quase dobrou o número de casos confirmados de coqueluche em cerca de duas semanas. Se no dia 15 de agosto eram oito positivações para doença, agora são 18, conforme divulgado nesta quinta-feira (29) pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, durante coletiva de imprensa. A quantidade representa apenas os registros deste ano. “Temos 60 casos aguardando resultado de exames, o que mostra que o número de notificações cresceu”, alertou. “É uma doença transmitida por meio de uma bactéria de fácil contaminação”, ressaltou.

Os primeiros sintomas de coqueluche podem ser confundidos com uma gripe, com corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. No entanto, conforme avança para a forma mais grave a tosse fica severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração. “Uma pessoa contaminada com coqueluche, através das partículas da saliva, pode transmitir para até 12 pessoas. Isso nos preocupa e a forma de evitar é com a vacinação”, advertiu.

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Em julho foi anunciada a morte de uma bebê de apenas seis meses por conta da doença, sendo a primeira registrada no Paraná após cinco anos sem vítimas fatais. A criança havia nascido prematura e apresentava atraso nas vacinas previstas no Programa Nacional de Imunização. Nesta semana, a secretaria municipal de Saúde de Curitiba relatou o óbito de um bebê de três meses por coqueluche na Capital, mas a Sesa (secretaria de Estado da Saúde) ainda não confirma esta morte.

IMUNIZAÇÃO

Mesmo com todos os apelos e ações, a imunização segue sendo relegada por parte da população. “No caso da coqueluche a vacina está liberado para profissionais de saúde de forma indiscriminada. Trabalhadores de saúde que atendam crianças de até quatro anos, além dos profissionais de educação, poder tomar, porém, na última ação que fizemos, em um sábado, a procura foi bem baixa”, lamentou. “É uma vacina que está disponível nas unidades de saúde sem necessidade de agendamento. A indicação começa para a gestante a partir da 20ª semana, mas ainda assim existe dificuldade de conscientização”.

Em crianças, inicia-se a vacinação a partir de dois meses até os seis anos de idade, com o esquema básico formado por três doses.

PARANÁ

Informe da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) desta semana detalhou que o Paraná tem 249 casos confirmados de coqueluche, sendo que a maioria (79) é de pessoas na faixa etária de 12 a 19 anos. São 148 pessoas do sexo feminino e 101 do masculino. Estão em investigação quatro mortes: duas em Curitiba e uma em Quitandinha (Região Metropolitana de Curitiba) e em Umuarama (Noroeste).

COVID

Neste sábado (31) haverá vacinação contra a Covid-19 apenas para crianças a partir de seis meses de idade até menores de cinco anos. O atendimento será na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Alvorada, na região oeste, das 9h às 16h. “Estávamos em falta dessa vacina do laboratório Moderna. No decorrer desta semana recebemos uma quantidade pequena, de 36 frascos, que representam 180 doses. Não daria descentralizar pela quantidade e depois de aberta essa vacina tem um tempo curto de duração”, pontuou o secretário.

A dose é indicada para os meninos e meninas que ainda não receberam especificamente este imunizante da Moderna. Os pais ou responsáveis terão que apresentar a carteirinha de vacinação e documento de identificação da criança.