Uma viagem no tempo. Esta é a proposta do Clube do Carro Antigo, que participa da ExpoLondrina 2016 com uma exposição de cerca de 20 veículos com muitas décadas de fabricação. As relíquias do setor automotivo podem ser vistas no Pavilhão Nacional do Parque Ney Braga. "Eles encantam não só quem viveu essa época, como também as crianças, que ficam fascinadas", conta Marcos Albuquerque, diretor do clube.

Quem visitar o pavilhão durante a feira vai encontrar carros como o Ford modelo A, ano 1929. "Aprendi a dirigir num Ford 1929", conta Waldemar Maran, membro do Clube do Carro Antigo, que trouxe nove veículos próprios para a exposição. Para ele, colecionar carros antigos é uma paixão. "Nos faz relembrar o passado." E é esse sentimento de nostalgia que acompanha a maioria dos colecionadores, que investem em carros antigos 100% originais ou compram os veículos para depois trabalharem na restauração dos mesmos.

Também estão na feira modelos como Mercedes Benz, ano 1971; Erskine, 1928; moto BMW, 1951; Aero Willys, 1965; VW 1600 (Zé do Caixão), 1969; Ford A, 1931; além da famosa Lambretta, 1960. Waldemar Maran explica que a maioria dos carros em exposição possui placa preta, ou seja, apresentam 80% das peças originais e estado de conservação mínimo de 70%.

Modelos como o Mercedes Benz, ano 1971; Erskine, 1928; moto BMW, 1951; Aero Willys, 1965; VW 1600 (Zé do Caixão), 1969; Ford A, 1931 estão entre as relíquias trazidas pelo Clube do Carro Antigo
Modelos como o Mercedes Benz, ano 1971; Erskine, 1928; moto BMW, 1951; Aero Willys, 1965; VW 1600 (Zé do Caixão), 1969; Ford A, 1931 estão entre as relíquias trazidas pelo Clube do Carro Antigo | Foto: Fabio Alcover/Arquivo Folha

Entre os preferidos do colecionador está o Ford A, 1931. O carro está impecável. Foi totalmente restaurado por Maran. Uma curiosidade, segundo ele, é que este modelo, o Roadster, traz um banco um pouco mais alto na parte traseira, antigamente usado para levar as crianças. Porém, acabou sendo batizado como "banco da sogra". "É o lugar onde o passageiro toma poeira e muito vento no rosto", justifica, rindo. Ele próprio confessa já ter levado a sogra para passear várias vezes ali.

Marcos Albuquerque explica que o objetivo do Clube do Carro Antigo é levar informações àqueles que colecionam os veículos por hobby. "Os preços [de compra e restauração dos carros] estão vinculados à informação", diz. Isso quer dizer que os associados do clube sabem onde encontrar carros ou peças mais baratas para a manutenção e correm menos riscos de serem enganados por aproveitadores do mercado.

"Aprendi a dirigir num Ford 1929", conta Waldemar Maran, que trouxe nove veículos de sua coleção para a feira
"Aprendi a dirigir num Ford 1929", conta Waldemar Maran, que trouxe nove veículos de sua coleção para a feira | Foto: Fabio Alcover/Arquivo Folha

Um dos planos do clube, segundo Albuquerque, é construir um museu para realizar exposições permanentes dos veículos. "Nossa ideia é realizar quatro exposições, com carros diferentes, durante o ano." Tudo para que os amantes dessas relíquias possam compartilhar o conhecimento e a paixão pelos carros.

HISTÓRIA


Além dos veículos dos colecionadores, também está no pavilhão um caminhão do Corpo de Bombeiros, que foi restaurado pela empresa londrinense P. B. Lopes. No mesmo espaço, os visitantes podem conferir ainda veículos e objetos que fizeram parte dos 73 anos da história da Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF). Motos, viaturas antigas, uniformes e equipamentos estão entre os itens em exposição. A PRF também trouxe a Londrina painéis com fatos históricos e personalidades que fazem parte do acervo do museu da corporação em Curitiba.